segunda-feira, 17 de outubro de 2011



Minha vontade é trocar de lugar com você. Sentir toda essa confusão que você está sentindo, pra te privar de qualquer dor. Apesar que você estar na minha pele não te privaria de sentir dor. Dizem que a dor existe por um motivo, pra você saber que está vivo, pra você sentir as marteladas da vida e evitar que as marteladas sejam mais fortes do que você pode aguentar. As marteladas que a vida me deu até hoje nunca me derrubaram, só me fizeram mais forte, mais preparada pra qualquer outra martelada que vier, mesmo essas que surgem quando a gente acha que tudo está bem. E são essas marteladas, são essas surpresas, todo esse sentimento que me fazem ter vontade de entrar na sua frente e receber todas as marteladas no seu lugar. Mas eu continuo sendo a mesma pessoa que não pode fazer nada pra mudar essa situação. Continuo aqui, quebrando a cabeça pra descobrir onde se encaixa cada pecinha.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Felicidade é só questão de ser..

A minha vontade é te chacoalhar até você aceitar a pessoa maravilhosa que você é. Vamos trocar um dia os papéis, pra você enxergar, do meu ponto de vista, o tanto de qualidade que você tem? Te garanto que depois dessa experiência você vai se apaixonar tanto por você, que a felicidade vai ser algo constante na sua vida. Tá, achamos a solução para esse problema, agora o problema maior é preencher uma vaga que não tem como preencher. É, nesse caso vamos nos lembrar das férias. Eu to fazendo um mochilão pela Europa, e você? Você pode ir pra onde você quiser, essa é a parte mais divertida da minha cabeça de criança. A Europa é grande, mas em breve eu estou de volta, com muitas histórias pra contar, e muita saudade pra matar. Tá vendo, nada nessa vida tá perdido, pra tudo a gente encontra uma solução. Nem sempre é a que a gente esperava, mas a solução sempre existe. E daqui a pouco nem precisamos mais nos preocupar com soluções. O tempo vai passando, a tristeza cansa do mesmo e segue a vida dela também, e quando menos esperamos, a felicidade está do nosso lado outra vez, mostrando pra gente que uma hora a recompensa boa chega.

"Lights will guide you home...
...and I will ALWAYS try to fix you" (mesmo você achando que não merece)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Saudade..

Nunca fui muito boa em palavras ditas. Na verdade acho que nunca fui boa com as palavras, mas tenho a impressão que sou mais compreendida em textos do que em conversas. Na verdade mesmo, comecei a escrever sem um propósito. É meio que um grito pra você lembrar que eu existo, que eu ainda estou aqui me recompondo pra que a gente consiga se encontrar naquela pecinha lá na frente, sem que nenhum coração dispare, sem que nenhum estômago revire. Sou daquelas que sabe que a distância é a melhor solução mas não consegue parar de sentir medo de ser esquecida, de virar uma lenda, como alguém que morreu, mas que continua vivendo fora do seu campo de visão, da sua vida. Mas segundos depois que surge esse medo, eu lembro que dentre as nove marcas de tinta que tenho na minha pele, uma tem um significado, várias lembranças e uma promessa de que aquele momento nunca seria esquecido. Essa promessa eu nunca irei descumprir. Aproveitando o assunto, também não esquece que eu sou uma criança grande, posso ser frágil mas eu ainda sou grande, sei tudo que tenho que fazer daqui pra frente, sei que não é o fim da minha vida e é fato que não sofrerei pra sempre (afinal, nada é pra sempre), mas ser grande não elimina o sofrimento humano, presente em qualquer fim de relacionamento. Não posso fingir uma coisa que não estou. No começo eu até tentei, mas começou a sobrecarregar tanto dentro de mim, que tudo que eu estava sentindo transbordou, e virou um dia inteiro de muitas lágrimas. Depois desse dia, aprendi que sentimento a gente não prende, a gente tem que sempre deixá-los livres, quase visíveis. Não me considero a pessoa mais dramática do mundo por sentir saudade desse tamanho. Como não sentir saudade de uma pessoa que fazia parte de TODOS os dias da sua vida? É esse sentimento que está me sufocando, transformando-se em lágrimas que eu não agüento mais fabricar. Tudo isso por causa da saudade. Uma palavra que nem existe em outras línguas.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

"Nobody likes change"

É tanta mudança em tão pouco tempo, que fico me perguntando se é mesmo realidade, ou se é só mais um dos meus sonhos malucos, onde tudo parece possível, até a hora em que meu estômago me acorda e o sonho começa a virar pesadelo. Porque dinamismo e capacidade de mudança são palavras que só costumam existir nos textos de auto-ajuda ou nos procedimentos de RH das grandes empresas. Na vida real, o que é vermelho costuma continuar vermelho, o que é azul tende a continuar azul e o que é verde tem tudo para continuar verde, a não ser que seja um fruto amadurecendo. Na vida real, o Natal continua caindo no verão em todo o hemisfério Sul, a Páscoa continua acontecendo 40 dias depois da quarta-feira de cinzas, as lagartas continuam virando borboletas, os planetas seguem orbitando em volta do Sol e os aniversários continuam acontecendo somente uma vez por ano. Na vida real, o chão continua embaixo, o teto em cima e as paredes do lado. Só que, de repente, o que está entre o chão, teto e paredes, esse recheio mudou radicalmente. Mudou o conteúdo, a atitude e até o que uso na minha mão direita também mudou. E a única explicação que consigo imaginar para tantas mudanças, é que talvez tudo estivesse verde porque ainda não tinha amadurecido. Só assim eu consigo assimilar essa mudança de tonalidade do ar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Porque tudo tem um novo começo.

"Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustam as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."

- John Lennon -

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Minha (pseudo) experiência extracorporea.

É possível sonhar acordada? Ter gravado na memória imagens e detalhes que nunca aconteceram, ou tudo não passa de um desejo incontrolável que começou a se manifestar através da imaginação? São detalhes tão minuciosamente trabalhados pela minha imaginação que consigo identificar até mesmo a feição das pessoas.

A borboleta azul se apaixonou pelo morcego. Mas que borboleta, em sã consciência se apaixona por um morcego? Você e a mamãe se apaixonaram, porque a borboleta não pode se apaixonar pelo morcego? E depois de horas no mundo da imaginação, ela dorme.

No caminho de volta tem um abraço, daqueles por trás, seguido de um beijinho no pescoço, daquele jeito de sempre. A forma com que Ela solta o corpo em meus braços me faz perceber que tudo continua igual, mesmo depois de tanto tempo, e se eu não estivesse mesmo acordada, teria certeza que tudo aconteceu...Sim, aconteceu! De um jeito assustadoramente real.

Previsão? Ou quem sabe um déjà-vu daqui a alguns anos. Não importa, eu continuo acreditando que realmente aconteceu.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uma crônica intitulada: Meu feriado.

E a aventura acabou. Já estava quase amanhecendo. Posso parecer um pouco assustada, já tinha visto essas coisas em vídeo, mas nunca ao vivo. Foi só chegar ao local que me enchi de entusiasmo e medo. E assim progredia a minha sexta feira...

Descer do ônibus naquele frio, que veio mais cedo do que o esperado, leva à reflexão do que faz duas pessoas se deslocarem milhares de quilômetros (adoro hipérbole) atrás de uma experiência nova. Logicamente, o desconhecido é um atrativo. Em vez de passar a sexta à noite naqueles mesmos bares que frequentam desde sempre, há o prazer de estar em um lugar que ainda não havia uma imagem gravada na imaginação (apesar de estar na presença das pessoas dos lugares de sempre). Ainda. Mas fico pensando se a curiosidade é parte vital da decisão ou se as duas sabem no que estão se metendo.

Este feriado foi interessante. As amigas fizeram tanta propaganda, que transformar em ato o que vinha alimentando a imaginação acabou sendo decepcionante. Não digo decepcionante, se alguém escutar da minha boca tudo que aconteceu naquele lugar, vai viver com a mesma imaginação que eu tinha antes de ver tudo se transformar em fato. Acho que posso dizer menos empolgante do que o imaginado. Mas também entro em um equívoco generalizando o menos empolgante. Na verdade o menos empolgante pode ser diretamente ligado à minoria. A nós duas. Tem quem se divertiu. Se divertiu tanto que me fez presenciar cenas que eu jamais gostaria de guardar na memória. Assistir ao sexo alheio é um tanto quanto constrangedor (ou só eu sou tão conservadora assim?), mas assistir ao sexo de dois casais de amigas é um tanto quanto traumatizante (=P). Um trauma que me deixa sentada no meio-fio, às 4.40 da madrugada, sob um frio cortante, a uns 100 quilômetros da minha cama quentinha, recordando aquele apertão na perna e aquela linguinha pra fora...