quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Déjà vu

Tudo o que tinha para ser escrito sobre você, já foi escrito. Tudo que tinha para ser sentido, já foi sentido. Mas a sensação de déjà vu não impede que nada volte para dentro do meu peito. Não tira de mim aquela vontade de te beijar, que eu já senti tantas vezes e já me esforcei para parar de sentir outras tantas. Saber o fim da história não me tira a vontade de repeti-la. Como um filme que assisto várias vezes sem cansar. Assim como as combinações das forças gravitacionais e de translação da Terra se repetem a cada 19 anos, a bagunça que você fez na minha vida se repete a cada trimestre. Sempre a mesma montanha russa, com vento me descabelando, adrenalina, grito e olho arregalado. E depois que o carrinho chega lá embaixo, volta a subir e me faz acreditar em felicidade. Só que felicidade gera expectativa, e expectativa é a maior inimiga da felicidade. Ah, pequena, por que é que tudo que a gente já viveu não basta para te tornar desinteressante?

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