quarta-feira, 23 de junho de 2010

Minha (pseudo) experiência extracorporea.

É possível sonhar acordada? Ter gravado na memória imagens e detalhes que nunca aconteceram, ou tudo não passa de um desejo incontrolável que começou a se manifestar através da imaginação? São detalhes tão minuciosamente trabalhados pela minha imaginação que consigo identificar até mesmo a feição das pessoas.

A borboleta azul se apaixonou pelo morcego. Mas que borboleta, em sã consciência se apaixona por um morcego? Você e a mamãe se apaixonaram, porque a borboleta não pode se apaixonar pelo morcego? E depois de horas no mundo da imaginação, ela dorme.

No caminho de volta tem um abraço, daqueles por trás, seguido de um beijinho no pescoço, daquele jeito de sempre. A forma com que Ela solta o corpo em meus braços me faz perceber que tudo continua igual, mesmo depois de tanto tempo, e se eu não estivesse mesmo acordada, teria certeza que tudo aconteceu...Sim, aconteceu! De um jeito assustadoramente real.

Previsão? Ou quem sabe um déjà-vu daqui a alguns anos. Não importa, eu continuo acreditando que realmente aconteceu.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Uma crônica intitulada: Meu feriado.

E a aventura acabou. Já estava quase amanhecendo. Posso parecer um pouco assustada, já tinha visto essas coisas em vídeo, mas nunca ao vivo. Foi só chegar ao local que me enchi de entusiasmo e medo. E assim progredia a minha sexta feira...

Descer do ônibus naquele frio, que veio mais cedo do que o esperado, leva à reflexão do que faz duas pessoas se deslocarem milhares de quilômetros (adoro hipérbole) atrás de uma experiência nova. Logicamente, o desconhecido é um atrativo. Em vez de passar a sexta à noite naqueles mesmos bares que frequentam desde sempre, há o prazer de estar em um lugar que ainda não havia uma imagem gravada na imaginação (apesar de estar na presença das pessoas dos lugares de sempre). Ainda. Mas fico pensando se a curiosidade é parte vital da decisão ou se as duas sabem no que estão se metendo.

Este feriado foi interessante. As amigas fizeram tanta propaganda, que transformar em ato o que vinha alimentando a imaginação acabou sendo decepcionante. Não digo decepcionante, se alguém escutar da minha boca tudo que aconteceu naquele lugar, vai viver com a mesma imaginação que eu tinha antes de ver tudo se transformar em fato. Acho que posso dizer menos empolgante do que o imaginado. Mas também entro em um equívoco generalizando o menos empolgante. Na verdade o menos empolgante pode ser diretamente ligado à minoria. A nós duas. Tem quem se divertiu. Se divertiu tanto que me fez presenciar cenas que eu jamais gostaria de guardar na memória. Assistir ao sexo alheio é um tanto quanto constrangedor (ou só eu sou tão conservadora assim?), mas assistir ao sexo de dois casais de amigas é um tanto quanto traumatizante (=P). Um trauma que me deixa sentada no meio-fio, às 4.40 da madrugada, sob um frio cortante, a uns 100 quilômetros da minha cama quentinha, recordando aquele apertão na perna e aquela linguinha pra fora...