quinta-feira, 29 de outubro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
E...fim
De repente amanheceu e ontem não existia mais. Já tinha virado passado. Já era uma foto amarelada pelo tempo. Já era um móvel coberto de poeira. Já era uma lanterna oxidada por ter sido guardada com pilha. Já era um diário antigo onde não consigo mais reconhecer minha letra. De repente, o sol surgiu e secou a poça de ontem. Não sobrou nem uma gotinha de orvalho. Nem de nostalgia. Nem de saudade. De repente, ontem tinha ficado para trás sem avisar. Sem se despedir, mas não precisa.
Essa é a hora em que decidi partir pra não voltar. Porque paciência tem limite e eu odeio esse joguinho de intrigas.
Essa é a hora em que decidi partir pra não voltar. Porque paciência tem limite e eu odeio esse joguinho de intrigas.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor
pois se eu me comovia vendo você pois se eu acordava
no meio da noite só pra ver você dormindo meu deus
como você me doía vezenquando eu vou ficar esperando
você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma
praça então os meus braços não vão ser suficientes para
abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta coisa
que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você
sem dizer nada só olhando olhando e pensando meu deus
ah meu deus como você me dói vezenquando
[...]
(Caio Fernando Abreu)
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
I don't know
De que adianta os cientistas descobrirem as reações químicas que causam a paixão, se milhões continuam sofrendo por amor.
De que adianta a sociologia analisar o fenômeno da favelização, se o percentual de pessoas que vivem em condições miseráveis continua aumentando.
De que adianta as CPIs denunciarem a corrupção, se os corruptos continuam impunes.
De que adianta os médicos alertarem sobre os perigos do excesso de peso, se a quantidade de obesos segue crescendo.
De que adianta a engenharia dominar as técnicas de contenção de encostas, se a cada temporal há vítimas fatais de deslizamentos.
De que adianta multas por excesso de velocidade, se continaum produzindo carros cada vez mais velozes.
De que adianta as faculdades ensinarem sobre juros excessivos, se os alunos continuam entrando no cheque especial.
De que adianta a igreja pregar o amor ao próximo, se continua discriminando o amor do mesmo sexo.
De que adianta a campanha sobre valorização da língua portuguesa, se as vitrines continuam em "sale".
De que adianta proibir a cobrança de consumação mínima, se os bares começam a cobrar entrada.
De que adianta dominar a tecnologia de armas nucleares, se os países assinam acordos de não usá-las.
De que adianta ter igualdade constitucional, se há reserva para raças no vestibular.
De que adianta o homem dominar a Lua, se não há vestígios de água lá.
De que adianta escrever num blog, se continuo com mil palavras presas na garganta.
De que adianta a sociologia analisar o fenômeno da favelização, se o percentual de pessoas que vivem em condições miseráveis continua aumentando.
De que adianta as CPIs denunciarem a corrupção, se os corruptos continuam impunes.
De que adianta os médicos alertarem sobre os perigos do excesso de peso, se a quantidade de obesos segue crescendo.
De que adianta a engenharia dominar as técnicas de contenção de encostas, se a cada temporal há vítimas fatais de deslizamentos.
De que adianta multas por excesso de velocidade, se continaum produzindo carros cada vez mais velozes.
De que adianta as faculdades ensinarem sobre juros excessivos, se os alunos continuam entrando no cheque especial.
De que adianta a igreja pregar o amor ao próximo, se continua discriminando o amor do mesmo sexo.
De que adianta a campanha sobre valorização da língua portuguesa, se as vitrines continuam em "sale".
De que adianta proibir a cobrança de consumação mínima, se os bares começam a cobrar entrada.
De que adianta dominar a tecnologia de armas nucleares, se os países assinam acordos de não usá-las.
De que adianta ter igualdade constitucional, se há reserva para raças no vestibular.
De que adianta o homem dominar a Lua, se não há vestígios de água lá.
De que adianta escrever num blog, se continuo com mil palavras presas na garganta.
domingo, 18 de outubro de 2009
sábado, 17 de outubro de 2009
Nessa espera o mundo gira em linhas tortas
Felicidade não é para mim. Felicidade é para quem consegue sentir e pensar a mesma coisa. Para quem não tem mil contradições. Para quem fala o que pensa e não muda de opinião. Para quem acredita que tudo é simples, a gente é que complica. Felicidade é para quem se satisfaz como a maioria. Para quem sabe onde quer chegar. Principalmente para quem sabe que quer chegar em um lugar seguro e confortável. Para quem gosta de estabilidade. É, felicidade não é para quem constrói dor, como eu. Não é para mim, que me aproximo de quem pode me machucar, e me machuca. Não é para quem tenta inovar mas fica morrendo de medo, como eu. Para quem dá liberdade ao outro e fica com medo de perdê-lo, como eu. Felicidade não é para quem vê ela voltar do beijo da outra e fica com os olhos cheios d'água. Felicidade não é para quem beija e abraça só para demarcar território. Não é para quem precisa pedir para ouvir "eu te amo" para ter certeza de que é verdade. Para ter a confirmação de que é especial e única. Para tentar dimunuir a insegurança que parece querer me engolir. E engole. E a felicidade não me alcança nunca. Nem eu alcanço ela. Sempre falta um pouco. Sempre é pouco. Sempre é diferente do que eu esperava. Do que pode um dia me fazer feliz.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Déjà vu
Tudo o que tinha para ser escrito sobre você, já foi escrito. Tudo que tinha para ser sentido, já foi sentido. Mas a sensação de déjà vu não impede que nada volte para dentro do meu peito. Não tira de mim aquela vontade de te beijar, que eu já senti tantas vezes e já me esforcei para parar de sentir outras tantas. Saber o fim da história não me tira a vontade de repeti-la. Como um filme que assisto várias vezes sem cansar. Assim como as combinações das forças gravitacionais e de translação da Terra se repetem a cada 19 anos, a bagunça que você fez na minha vida se repete a cada trimestre. Sempre a mesma montanha russa, com vento me descabelando, adrenalina, grito e olho arregalado. E depois que o carrinho chega lá embaixo, volta a subir e me faz acreditar em felicidade. Só que felicidade gera expectativa, e expectativa é a maior inimiga da felicidade. Ah, pequena, por que é que tudo que a gente já viveu não basta para te tornar desinteressante?
terça-feira, 13 de outubro de 2009
It's holiday baby
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A pessoa que eu não quero perder
As vezes sou um pouco anti-social. Não me esforço muito para conhecer novos grupos de amigos, aprofundar novas amizade, nada disso. E se sou assim é porque no fundo acho que encontrei as verdadeiras amizades que valem a pena, e que elas já me bastam. Não tenho paciência para investir em novos potenciais amigos que só vou descobrir se realmente valem a pena daqui a um tempão. Não, prefiro meus amigos que já passaram dessa fase. Aqueles que já conhecem meus defeitos, da mesma forma que eu também conheço os deles, mas que a gente escolhe continuar sendo amigos mesmo assim.
Até o momento em que tudo nos leva a pessoas que fazem diferença. E semanas de convivência me fizeram fazer questão. Pode ser incompreensível para quem está apenas observando. Pode ser incompreensível até para mim às vezes. Mas o sexto sentido gosta de escolher pessoas que me parecem valer a pena.
E que nenhuma guerra seja desencadeada pela falta de vírgulas.
Até o momento em que tudo nos leva a pessoas que fazem diferença. E semanas de convivência me fizeram fazer questão. Pode ser incompreensível para quem está apenas observando. Pode ser incompreensível até para mim às vezes. Mas o sexto sentido gosta de escolher pessoas que me parecem valer a pena.
E que nenhuma guerra seja desencadeada pela falta de vírgulas.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
terça-feira, 6 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Só enquanto eu respirar vou me lembrar de você
Então a gente se esbarra por acaso e você já vai logo me deixando com vontade de dar mais do que dois beijinhos no canto da boca, mais do que um carinho na fila do banheiro, e depois com vontade de curtir tudo que tiver de bacana para ser curtido quando a gente esta junto. Então você aparece no lugar que eu costumo ir nos finais de semana e já descobre logo que eu gosto de sol, de bicicleta, de praia, de água de coco e de beijo atrás do pescoço, afastando o cabelo. Então você me fala uma ou duas coisas bonitinhas e parece até que voltei à adolescência, o que traz um gostinho bom para a vida, mas que não é nada necessário levando em conta todos os séculos que ja vivi concentrados nesses 8 anos que aconteceram depois da adolescência. Pois é, você ja descobriu que meu interesse pelas artes vai além do meu lugar cativo na platéia de um cinema, e que eu acredito que o Google é a peça mais importante do mundo moderno, mas ainda há muito e muito mais a ser descoberto sobre mim. Olha, nem sei o que você acha de tanta informação concentrada, mas posso te adiantar que essa alta concentração já te revela muito mais a meu respeito do que qualquer resultado do Google. Porque eu tenho essa tendência a ser assim mesmo, concentrada, exagerada, intensa demais, mergulhando de cabeça sem nem checar antes se a piscina é rasa ou funda. E essa mesma intensidade que me faz despejar tantas informações em você (além das que você descobre sozinha), também me deixa curiosa para saber mais a seu respeito. Mas sabe, você pode não ser a minha linda, como eu até cheguei a pensar que poderia se tornar, mas isso não acaba com a beleza de nada do que acontece quando estou com você. Por mim, a gente pode brincar na piscina, no pula pula, no cinema, ou talvez assistindo um dvd, ou qualquer outra coisa que a gente possa imaginar. Porque não pode existir lei dos homens ou dos deuses que impeça ninguém de fazer o que traz felicidade.
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