De que adianta os cientistas descobrirem as reações químicas que causam a paixão, se milhões continuam sofrendo por amor.
De que adianta a sociologia analisar o fenômeno da favelização, se o percentual de pessoas que vivem em condições miseráveis continua aumentando.
De que adianta as CPIs denunciarem a corrupção, se os corruptos continuam impunes.
De que adianta os médicos alertarem sobre os perigos do excesso de peso, se a quantidade de obesos segue crescendo.
De que adianta a engenharia dominar as técnicas de contenção de encostas, se a cada temporal há vítimas fatais de deslizamentos.
De que adianta multas por excesso de velocidade, se continaum produzindo carros cada vez mais velozes.
De que adianta as faculdades ensinarem sobre juros excessivos, se os alunos continuam entrando no cheque especial.
De que adianta a igreja pregar o amor ao próximo, se continua discriminando o amor do mesmo sexo.
De que adianta a campanha sobre valorização da língua portuguesa, se as vitrines continuam em "sale".
De que adianta proibir a cobrança de consumação mínima, se os bares começam a cobrar entrada.
De que adianta dominar a tecnologia de armas nucleares, se os países assinam acordos de não usá-las.
De que adianta ter igualdade constitucional, se há reserva para raças no vestibular.
De que adianta o homem dominar a Lua, se não há vestígios de água lá.
De que adianta escrever num blog, se continuo com mil palavras presas na garganta.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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